Mary Luz Vanegas León; Marta Moraes. 2020. Daphnopsis martii (Thymelaeaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Rossi, 2019), com ocorrência nos estados: BAHIA, município de Wenceslau Guimarães (Aona 2378); ESPÍRITO SANTO, município de Santa Teresa (Thomaz 1582); MINAS GERAIS, município de Bocaina de Minas (Schumm 31); PARANÁ, município de Jaguariaíva (Duarte 4051); RIO DE JANEIRO, municípios de Cachoeiras de Macacu (Finotti 149), Campos dos Goytacazes (Moreno 793), Itatiaia (Brade 14664), Magé (Nadruz 1997), Nova Friburgo (Correa 66), Nova Iguaçu (Lima 8399), Petrópolis (Góes 922), Rio de Janeiro (Gomes 271), Santa Maria Madalena (Limas 317), Silva Jardim (Lima 4554), Teresópolis (Brade 16573); SÃO PAULO, municípios de Cunha (Assis 364), Itirapina (s/c 277), Santo André (Handro 2047), São Sebastião (Ivanauskas 4498), Silveiras (Bakker 24), Ubatuba (Aranha 497).
Árvore de até 9 m, é endêmica do Brasil (Rossi, 2019). Foi coletada em Floresta Ombrófila associadas à Mata Atlântica nos estados Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=376012 km², AOO=152 km² representada em herbários, inclusive com coleta recente, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral e ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). A espécie ocorre aparentemente de forma frequente na maior parte das localidades em que foi registrada. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua sobrevivência na natureza. Assim, foi considerada de Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e tamanho populacional) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua conservação no futuro.
Descrita em: Flora Brasiliensis 5(1): 66, pl. 28, f. 2. 1855. (1 Jan 1855)
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1 Annual & perennial non-timber crops | occupancy,habitat,locality,occurrence | past | local | high |
A área em torno da Estação Ecológica de Wenceslau Guimarães foi quase completamente explorada e desmatada. Ao redor, há propriedades rurais de cacau, graviola e culturas de subsistência. Algumas áreas dentro da reserva tem sido desmatadas e utilizadas para a agricultura por um longo período de tempo, até meados da década de 90. Atualmente, não há mais famílias residentes nestas áreas. Apesar de algumas áreas estarem cobertas por vegetação secundária, principalmente na parte inferior dos vales e escaparpas mais baixas, a reserva encontra-se coberta por Florestas Ombrófila Densa Sub-montana em bom estado (Goldenberg et al., 2016). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 7.1 Fire & fire suppression | habitat | past,present | local | high |
O desmatamento, as queimadas e a mineração industrial, são algumas das pressões que mais ameaçam a Unidades de Conservação Estação Ecológica Estadual de Wenceslau Guimarães (Antas, 1997). Foi registrado na Rebio Poço das Antas 417 números de focos de calor no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2015. (Nunes et al, 2018). Em fevereiro de 2014 ocorreu um grande incêndio e destruiu mais de quatro milhões de metros quadrados de mata da Reserva. Os incêndios são uma das maiores fontes de danos aos ecossistemas presentes em unidades de conservação, principalmente em regiões em desenvolvimento e paisagens dominadas por áreas agrícolas e pastagens (Bontempo et al. 2011). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | habitat | past,present | local | high |
O município de Santa Teresa com 68315 ha tem 12,3% de seu território (8449 ha) transformados em pastagem (Lapig, 2018). O município de Silva Jardim com 93754 ha tem 30% de seu território (27346 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2018). O município de Jaguaraíva com 145306 ha tem 15% de seu território (21940 ha) transformado em pastagem (Lapig, 2018). O município de Itirapina (SP) com 56460 tem 17452 (31%) de seu território convertidos em pastagem (Lapig, 2019). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 5.3 Logging & wood harvesting | locality,occupancy,occurrence | past,present | local | high |
O município de Santa Teresa com 68316 ha possui 13933 ha que representam 20% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Silva Jardim com 93755 ha possui 32424 ha que representam 35% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica/INPE - Aqui tem Mata, 2019). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 7.2 Dams & water management/use | locality,habitat,occupancy,occurrence | past,present | local | high |
O município de Santa Teresa com 68315 ha tem uma hidrelétrica (PHC) instalada no Rio Bonito (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 2.2 Wood & pulp plantations | habitat,locality,occupancy | past,present | local | high |
O município de Jaguariaíva com 145306 ha tem 25% de seu território (36441 ha) convertidos em floresta plantadas (Lapig, 2018). Segundo a observação direta na ferramenta Google Earth Pro Version 7.3.2., 2018, nota- se que as àreas de silvicultura são proximas a fábricas de móveis e de papel. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 1.1 Housing & urban areas | occurrence,habitat,locality | past,present | local | high |
O crescimento urbano e a especulação imobiliária se tornam grandes vetores de pressão sobre os remanescentes florestais do Rio de Janeiro, intensificando a degradação da Mata Atlântica fluminense a partir de meados do século XX e início do século XXI. | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima (US), Reserva Biológica do Tinguá (PI), Área De Proteção Ambiental Caminhos Ecológicos da Boa Esperança (US), Parque Estadual da Serra do Mar (PI), Parque Nacional da Serra Dos Órgãos (PI), Área de Proteção Ambiental Silveiras (PI), Parque Nacional do Itatiaia (PI), Parque Estadual do Desengano (PI), Área de Proteção Ambiental Corumbataí , Botucatu e Tejupá Perímetro Corumbataí (US). |
Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Paraná - 19 (PR), Território São Paulo - 20 (SP), Território São João del Rei - 29 (MG), Território Vale do Paraíba - 30 (RJ), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Espírito Santo - 33 (ES) e Território Milagres - 39 (Bahia). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |